Ordens de Cavalaria
da
Real Casa de Portugal
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REAL ORDEM MILITAR DO NOSSO SENHOR JESUS CRISTO
Após a Ordem dos Cavaleiros do Templo ter sido dissolvida pela Bula
de Clemente V datada de Janeiro de 1312, a Ordem foi chamada 'Exército
do Nosso Senhor Jesus Cristo' através do Decreto datado de 14 de Agosto de 1318 pelo
Rei de Portugal Dom Dinis. Foi aprovada por Bula do Papa João XXII
datada de 14 de Março de 1319. Os Grão-Mestres que se seguiram,
fizeram várias modificações às Constituições
que foram todas confirmadas pelo abade de Alcobaça como seu inspector.
Depois a Ordem foi libertada desta submissão por Bula do Papa Paulo
III mandada em 1542. O Infante Dom Henrique, Duque de Viseu, sucedendo ao
Grão-Mestre Dom Lopes Dias de Sousa, procedeu à reforma da Ordem
dando-lhe novos estatutos, para aprovação dos quais ele suplicou
e obteve um Breve Pontifício do Papa Eugénio IV. Em sequência
da Bula do Papa Júlio III, emitida em Roma em 1551, o Grande Magistério
da Ordem passou para a Coroa.
REAL ORDEM MILITAR DE SÃO BENTO DE AVIZ
Fundada em 1162 pelo Rei Dom Afonso Henriques. Originalmente religiosa, o
Grande Magistério da Ordem passou para a Coroa, após a morte do
Grão-Mestre Dom Jorge, filho natural do Rei João II, que foi confirmado
pelo Papa Júlio III com Bula publicada em Roma a 4 de Janeiro de 1551.
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REAL ORDEM MILITAR DE SÃO TIAGO DA ESPADA
(ou Antiga Nobre e Ilustre Ordem de São Tiago dos Méritos Científicos, Letras e Artes)
Fundada em Castela em 1070, foi mais tarde reconhecida pelo Papa Alexandre
III em 1175 e confirmada em 1198 pelo Papa Inocêncio III. A pedido do
Rei Dom Dinis esta Ordem foi libertada da dependência da Ordem de S. Tiago
de Castela sob a qual tinha sido colocada por Bula do Papa Nicolau IV datada
de 17 de Setembro de 1288 e tornou-se executiva a 15 de Maio de 1290. Sujeita
de novo a São Tiago, por bula do Papa João XXII, a Ordem foi definitivamente
separada em 1320. Após a morte do Grão-Mestre Dom Jorge, duque
de Coimbra, o Grande Magistério passou para a Coroa, o que foi confirmado
por bula do Papa Júlio III, emitida em Roma a 4 de Janeiro de 1551. Sob
o reino de Dom Luís I, esta Ordem foi de novo reorganizada em 31 de Outubro
de 1862 e passou a chamar-se 'Antiga Nobre e Ilustre Ordem de São
Tiago dos Méritos Científicos, Letras e Artes.
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REAL ORDEM MILITAR DA TORRE E ESPADA
(ou Antiga Nobre e Ilustre Ordem da Torre e Espada da Valentia, Lealdade e Mérito)
Fundada pelo Rei Dom Afonso V em 1459, pouco após a Ordem ter sido
extinta. O Príncipe Regente Dom João, que mais tarde se tornou
Rei, reformou-a através do Decreto de 19 de Maio de 1808. Sob regência de Dom
Pedro, Duque de Bragança, esta Ordem foi reformada com decreto
datado de 28 de Julho de 1832 e Decreto datado de 18 de Agosto de 1833 com o
nome 'Antiga Nobre e Ilustre Ordem da Torre e Espada da Valentia, Lealdade
e Mérito'.
ORDENS DINÁSTICAS
Fundada pelo Rei Dom João VI, por Decreto de 6 de Fevereiro de 1818,
em ocasião da ascensão ao trono deste Rei. O nome serviu para
confirmar a devoção à Virgem que tinha declarado Protectora
do Reino por Decreto de 24 de Março de 1646. Com Decreto de 10 de Setembro
de 1819 os estatutos da Ordem foram estabelecidos.
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REAL ORDEM DE SANTA ISABEL
Fundada a 4 de Novembro de 1801 pelo Regente Príncipe Dom João
que mais tarde se tornou Rei como Dom João VI, após sugestão
de sua mulher, Dona Carlota Joaquina, princesa do Brasil. Com Decreto de 17
de Dezembro do mesmo ano, ficou estipulado que seria a princesa a ditar os
estatutos
o que efectivamente se verificou com o decreto de 25 de Abril de 1804.
Esta Ordem existiu por um curto período de tempo. De facto, após a morte do Rei Dom
Sancho, filho do fundador, a ordem caíu em esquecimento, foi então, restabelecida
através do Decreto de SAR Dom Rosário.